quarta-feira, 8 de julho de 2020

Adú - Filme espanhol



Impressões sobre o filme Adú



Gosto muito do cinema espanhol. Adú é uma obra espanhola dirigida por Salvador Calvo, que busca retratar a difícil saga de refugiados em busca de uma vida melhor. O início nos mostra policiais, um deles, Mateo, tentando impedir um grupo africano de atravessar a protegida fronteira entre Marrocos e Espanha. Neste conflito um imigrante é espancado por um dos policiais e acaba morrendo. Em uma aldeia já em Carmarões  Adú  e sua irmã, Alika (Zayiddiya Dissou), ao voltarem para casa, acabam presenciando um crime. Deixam para trás uma bicicleta que conduziam – e que é capaz de identificá-los. Os dois vão em busca do pai que está na Espanha.  Tosar, um agente-florestal e ativista que luta pela causa da preservação dos elefantes, atua na aldeia onde vive Adú e sua irmã. Mas o ambientalista  se vê incapaz de enfrentar caçadores de animais mais bem preparados do que ele, um triste paralelo que encontra também na falta de tato em lidar com a única filha.


A trama que envolve Mateo e os demais policiais, é muito rasa e pouco trabalhada. Esse embate, no entanto, se dá de modo mais particular, sem grandes repercussões. Não se sabe como aconteceram as investigações, dizem alguns críticos. Acredito que essa superficialidade foi proposital. Aliás quem  investiga morte de um imigrante? 

Adú sempre perde quem está ao seu lado, devido ao descaso, impunidade, abuso de autoridade, questões sociais. O último que adú perde é Massar. Que por sua vez traz uma vida de sofrimento não apenas pela fome, mas de abuso sexual em seu país e que continua a se submeter para sobreviver. Mesmo doente, provavelmente de AIDS tenta chegar à Espanha através do mar, aliás uma cena fenomenal. Neste momento Mateo tenta se redimir, mas a corrupção policial, separa os dois amigos. Deportando Massar sem o processo legal e levando Adú para um internato. Crianças na idade de Adú nesta idade, desacompanhada dos pais são bem vindas para o tráfico de órgãos. 


Em relação ao agente florestal e sua filha Sandra (Anna Castillo),uma garota amargurada, com diversos problemas, inclusive com drogas. Culpa o pai por tê-la deixado sozinha com a mãe, quando criança, e não tem uma boa relação com ele. Castillo faz um bom trabalho e constrói uma personagem interessante. Pode parecer que esta parte da trama foi tratada descolada do restante. Mas observem a diferença entre o tratamento de uma branca que vai à África em busca do seu pai, para Adú que também está em busca do pai. 
Muitos questionam  o fato de não ser esclarecido os destinos dos meninos envolvidos. Bem vindo ao destino da imensa maioria dos Africanos.


domingo, 5 de abril de 2020

Práticas de alfabetização: Aprendendo a ouvir - Módulo 1



Aula 1.1 – Consciência de palavras

A noção de palavra é construída pela prática. Como as crianças sabem que “Boa tarde” é uma frase composta de duas palavras, e não uma palavra maior: “Boatarde”? O aluno precisa saber identificar as palavras, onde começam e terminam. Para tanto, uma maneira interessante é contar palavras em uma frase.
É preciso que a criança se dê conta de que a frase, percebida como um todo, vai ser dividida em pedaços menores, as palavras, e estas em pedacinhos menores ainda, que são as sílabas e os sons.

Esse conhecimento também necessita de ensino explícito. Didaticamente, pode-se mostrar às crianças que as palavras da frase estão unidas como linhas atadas, nas extremidades, por um nó. Nas primeiras tentativas, é mais difícil desatar as linhas, isto é, segmentar as frases. Por isso é importante o professor guiar as crianças, por meio de estratégias simples como esta.

Prática:
Professsor para a turma:
Agora vamos aprender a contar as palavras das frases. “Bom dia!” é uma frase. “Bom” é uma palavra e “dia” é outra palavra.

Ouçam e observem.“Boa tarde”. Eu vou levantar um dedo para cada palavra
Para cada palavra dita, levante um dedo.
Quantos dedos temos?
Explique para os alunos que para cada dedo temos uma palavra. Assim para saber a quantidade de palavras basta contar a quantidade de dedos.


Aula 1.2 – Consciência de sílabas

A consciência de sílabas é um componente da consciência dos sons da fala. Essa percepção aos poucos dirige-se para as partes que formam as palavras, que se repetem na fala do nosso dia a dia. As palavras internalizadas começam a ser divididas em sílabas.

Para as crianças, o conceito de sílaba pode ser muito abstrato. Por isso podemos dizer-lhes que as palavras são divididas em “pedaços” chamados sílabas. A separação silábica auxilia a criança, posteriormente, a pronunciar palavras desconhecidas.

Bater palmas é uma estratégia eficaz e muito utilizada no cotidiano da sala de aula. Peça aos alunos para bater palma para cada sílaba pronunciada de uma palavra. Exemplo: BO - LA. Juntamente com as crianças bata uma palma para BO e depois outra para LA. Pergunte para os mesmos quantas palmas foram batidas. Explique que desse modo a palavra tem duas sílabas. Repita a mesma atividade com outras palavras, das fáceis às complexas.


Aula 1.3 – Consciência de aliterações


Temos aliterações quando duas ou mais palavras têm sons consonantais parecidos, geralmente no começo.


A aliteração acontece quando duas ou mais palavras têm sons consonantais parecidos, geralmente no começo! Por exemplo: “pato”, “palhaço” e “pipoca” começam com o mesmo som; “bola”, “banana” e “boca” também começam com o mesmo som. O mesmo acontece com “O rato roeu a roupa do rei de Roma.”

Vamos ver se “gato” e “lama” começam com o mesmo som. Com qual som começa “gato”? Com [g] E com qual som começa “lama”? Com [l] Então “gato” e “lama” começam com o mesmo som? Não!

Agora, vejamos se “gato” e “gota” começam com o mesmo som. Com qual som começa “gato”? Com [g] E com qual som começa “gota”? Com [g] Então “gato” e “gota” começam com o mesmo som? Sim! “Gato” e “gota” têm o mesmo som consonantal, então formam aliteração.

Um exercício muito divertido e participativo é pedir palavras aliteradas com o som inicial dos nomes dos alunos. Mas atenção, faça isso apenas se você já tiver exemplificado em aula.


Trava-línguas

Trava-línguas são ótimos recursos para apresentar como funciona a aliteração às crianças. Mas lembre-se, a aliteração é caracterizada pela repetição de sons consonantais. Veja alguns exemplos:
  • A babá bebeu a bebida do bebê.
  • Quem quer caqui?
  • Chove chuva.
  • Maria-mole é molenga.
  • O padre pintou a porta.
  • O sabiá não sabia que o sábio sabia que o sabiá não sabia assobiar.

Aula 1.4 – Consciência de rimas


A consciência de rimas é um dos componentes da consciência fonológica. Consiste na habilidade de reconhecer rimas e, então, produzi-las.

Aí está a importância de seu papel, professor. Você pode explorar oralmente, com seus alunos, versinhos e quadrinhas, em todas as aulas. Podem ser só dez ou quinze minutos. Com essa “coleção” na cabeça, a criança produzirá rimas facilmente e ampliará seu vocabulário.

O intuito dessas estratégias é aprimorar a atenção das crianças para os sons da fala. Por isso, neste momento, não se enfatiza a escrita. Apesar disso, é possível fazê-lo se as rimas tiverem grafias semelhantes. De outro modo, poderá confundir as crianças.


PROFESSOR EXPLICA E DEMONSTRA:

Nós vamos identificar palavras que rimam.
A rima acontece quando duas palavras terminam com sons parecidos! Por exemplo: “gato” e “pato”; ou “pé” e “chulé”; ou ainda “madrinha” e “farinha”.
“João” e “melancia” rimam? Não!
E “João” e “mamão”? Rimam? Sim!
Ouçam. Limão, botão. “Limão” e “botão” rimam. Terminam do mesmo jeito: -ão.

SUGESTÃO DE SUPORTE PARA ERROS E DIFICULDADES ESPERADAS

Verifique se os alunos estão identificando palavras que rimam. • Se cometerem erros, repita as etapas explicando, modelando e fornecendo outras oportunidades de prática. • Se as dificuldades persistirem, apresente um exemplo diferente (bola, mola).


Aula 1.5 – Isolamento de sons


Isolar os sons das palavras. Essa habilidade deve ser ensinada explicitamente. Para ficar mais didática, você pode dividir essa estratégia em duas partes, isto é, ensinar primeiro o isolamento do som inicial — geralmente mais fácil de identificar — e, depois que as crianças tiverem segurança, ensinar o isolamento do som final.


É importante que haja uma progressão: primeiro se toma consciência de que as frases são formadas por palavras, depois de que as palavras são formadas por sílabas, e finalmente, por sons das letras, os quais também chamamos fonemas.

Aproveite para incentivar seus alunos a tomarem consciência também do movimento da boca ao pronunciar as letras. Essa consciência pode ser estimulada com perguntas, como: “O que sua boca faz para produzir esse som? E sua língua?” Você pode também utilizar um espelho para auxiliar as crianças a perceberem o movimento da boca, ou, ainda, fotografá-las pronunciando. Essa prática as auxilia a entender melhor o som.

Por fim, é interessante começar por palavras que possuam o padrão consoante-vogal-consoante-vogal, como mola, pois é mais fácil separar o som inicial. Também é mais fácil pronunciar sons contínuos, como [f], [s] ou [v], pois podem ser sustentados sem serem distorcidos.


PROFESSOR EXPLICA E DEMONSTRA

Nós vamos identificar o primeiro e o último som das palavras.
Ouçam. Sol.
Diga a palavra lentamente, prolongando seu primeiro som.  
Sss...ol. [s] é o primeiro som desta palavra.
Diga a palavra lentamente, prolongando seu último som.
Mol...aaa. [a] é o último som desta palavra. 
Repita com a palavra “copo”

PROFESSOR E ALUNOS PRATICAM JUNTOS
Digam comigo: “foca”. 
 Foca.
Digam comigo o primeiro som da palavra “foca”
 [f].
Muito bem! 
[f] é o primeiro som da palavra foca. 
Digam comigo o último som da palavra “foca”.
[a]
Muito bem! [a] é o último som da palavra “foca”
Repita com a palavra “nave”. Realize a estratégia isolando sons iniciais e finais de diversas palavras. 


Aula 1.6 – Síntese de sons


Nós vamos unir sons para formar uma palavra. Ouçam. [o] [i] Vou unir os sons para dizer a palavra. “Oi”.

Repita com os alunos utilizando a palavra “ovo”.

Outra prática:
Professor: Ouçam e repitam. Toque e conte os dedos levantados. [ch] [u] [v] [a] Muito bem. Quando unimos os sons [ch] [u] [v] [a], a palavra formada é “chuva”


Verifique se os alunos estão unindo todos os sons para formar uma palavra. • Se um erro for cometido, repita as etapas explicando, modelando e fornecendo outras oportunidades de prática. • Se as dificuldades persistirem, apresente uma palavra com dois sons (ex.: “eu”, “pé”, “oi”). 




Aula 1.7 – Segmentação de sons




A segmentação é o oposto da síntese. É, portanto, outra maneira de manipular os sons. Segmentar significa, aqui, dividir as palavras em seus sons individuais. É importante iniciar a prática utilizando palavras que as crianças já conheçam.

Manipular fonemas juntamente com letras também pode contribuir para o sucesso na leitura. Posteriormente, esta estratégia auxiliará no aprendizado da soletração.

É importante pronunciar, com lentidão e clareza, os sons da palavra. Os dedos são recursos visuais que ajudam a identificar a quantidade de fonemas. Mas você também pode ser criativo e encontrar outros modos para contar. Por exemplo, as crianças podem dar pulinhos, levantar os joelhos ou manipular objetos.

Palavras são formadas pela união de diferentes sons. Nós vamos separar as palavras em seus sons. Ouçam e observem. A palavra é “uva”. Agora eu vou falar novamente esta palavra para descobrir por quantos sons ela é formada.

Fale novamente a palavra lentamente e articulando claramente cada um dos sons. Levante um dedo para cada som da palavra.
[u] [v] [a]
Toque e conte, em voz alta, os dedos levantados. [u] [v] [a] Um, dois, três. A palavra “uva” tem três sons


Aula 1.8 – Substituição de sons


Apresentar a ideia de que, ao trocarmos sons de uma palavra, podemos formar uma outra.


Hoje nós vamos aprender que, ao mudar um som, podemos formar uma nova palavra.

[m] [a] [l] [a] Mala!

Toque e conte os dedos levantados em voz alta.

Um, dois, três, quatro

Novamente, pronuncie cada som da palavra mala apontando para os dedos já levantados.

[m] [a] [l] [a]  

Aponte para o primeiro dedo e faça o primeiro som da palavra.

ir o som [m] por [f]. [f] [a] [l] [a]. 
A palavra que se formou é “fala”. Eu tinha a palavra “mala” e formei a palavra “fala” ao trocar o [m] pelo [f]

O vídeo explicita a prática, confira:

https://www.youtube.com/watch?time_continue=227&v=imqwKtOyW_E&feature=emb_logo









quarta-feira, 3 de maio de 2017

Um pouco sobre autismo...

TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO (TGD)

Os Transtornos Globais do Desenvolvimento são considerados Distúrbios do Desenvolvimento, caracterizados pelos seguintes aspectos:

Prejuízos na interação Social;
Dificuldades de comunicação verbal e não verbal;
Ausência de atividades imaginativas, substituídas por comportamentos repetitivos e estereotipados;

Prejuízos na Interação Social

A in­te­ração so­cial é pre­ju­di­cada, po­dendo ser ca­rac­te­ri­zada por as­pectos qua­li­ta­tivos, tais como:

Dificuldades de comunicação verbal e não verbal

Os pre­juízos na co­mu­ni­cação ca­rac­te­rizam-se por:

Ausência de atividades imaginativas

Em re­lação à au­sência de ati­vi­dades ima­gi­na­tivas, a pessoa com  pode apre­sentar:

Caracterizando o 

Como vimos, a pessoa com  deve apre­sentar as três ca­rac­te­rís­ticas para a com­po­sição do di­ag­nós­tico. No en­tanto, o nível e a in­ten­si­dade de cada uma delas di­ferem de cri­ança para cri­ança. Não existem qua­dros idên­ticos de . Cada ser hu­mano é único, com suas pró­prias ca­rac­te­rís­ticas. Por isso, atu­al­mente, o termo “Trans­torno do Es­pectro Au­tista” está sendo mais uti­li­zado. O termo es­pectro nos re­mete a uma grande va­ri­e­dade de pos­si­bi­li­dades. Ou seja, as ca­rac­te­rís­ticas podem estar pre­sentes de forma branda ou se­vera nos alunos com esse Dis­túrbio do De­sen­vol­vi­mento.
Início do texto destaque.
Im­por­tante
O termo “Trans­tornos Glo­bais do De­sen­vol­vi­mento” (TGD) está sendo gra­du­al­mente subs­ti­tuído pelo termo “Trans­torno do Es­pectro Au­tista” (TEA), in­clu­sive em do­cu­mentos le­gais, como ve­remos ainda neste mó­dulo!
Fim do texto destaque.
O di­ag­nós­tico da pessoa com  é clí­nico, isto é, re­a­li­zado através da ob­ser­vação de uma equipe mul­ti­dis­ci­plinar, com­posta de vá­rios pro­fis­si­o­nais da área da saúde, que ana­lisa de­ta­lha­da­mente as ca­rac­te­rís­ticas da pessoa. Não existe ne­nhum exame ou pro­ce­di­mento na área da saúde que di­ag­nos­tique o . Por isso, em al­guns casos, o di­ag­nós­tico é de­mo­rado e im­pre­ciso.


quinta-feira, 27 de outubro de 2016

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Festa de Halloween



Halloween Dom Aniger 2015


Halloween Dom Aniger 2015


Na última semana de outubro de 2015 a professora Estela Motta organizou em nossa escola a semana do o Halloween, com intuito de tornar o Halloween  uma festa tradicional para nossa escola. Segundo a professora a ideia surgiu diante do crescente ânimo entre os alunos, quando esta desenvolveu atividades relacionadas ao Halloween em sala de aula. Nesse sentido, a Festa buscou oferecer uma oportunidade para que os alunos conhecessem o folclore americano. A atividade permitiu ainda aos alunos a se organizarem, para a confecção de fantasias e decoração temática de uma sala e de toda a escola. A festa ocorreu no dia 29/10 e  foi um sucesso, percebido na decoração no entusiasmo dos alunos em se fantasiarem e participarem de um desfile onde houve premiação para as fantasias mais criativas.  
























Provas e simulados

Simulado de orientação de estudo (Matemática e língua portuguesa)